Música indígena


A música indígena brasileira é parte do vasto universo cultural dos vários povos indígenas que habitaram e habitam o Brasil. Sendo uma das atividades culturais mais importantes na socialização das tribos, a música dos índios brasileiros é polimorfa e de enorme variedade, tornando impossível um detalhamento extenso no escopo de um único artigo.Não seguindo o sistema tonal ocidental, a sua sonoridade apresenta uma enorme sutileza e complexidade especialmente nos timbres e nas alturas, sendo de difícil transcrição para a partitura ocidental.A voz e o canto são dominantes na música indígena, mas existe uma variedade de apoio/acompanhamento instrumental e séries de peças orquestrais autônomas. Na maioria dos casos a música é associada à dança ritual. O ritmo é fluente, em geral, binário ou ternário, às vezes alternado em um mesmo verso. Muitas vezes sua música não está baseada na existência de uma unidade de tempo (pulso) rígida, gerando uma contínua flutuação do pulso. A estrutura das composições também diverge da ocidental, e é enormemente variada, dependendo bastante do texto que ilustra, tendo as repetições e variações um papel central.Seu acervo instrumental inclui instrumentos de percussão e sopro, mas classificações próprias dos índios fazem distinções diferentes, com dezenas de categorias para "coisas de fazer música". Os instrumentos podem ser feitos de uma variedade de materiais, como sementes, madeiras, fibras, pedras, objetos cerâmicos, ovos, ossos, chifres e cascos de animais.

Fonte: Wikipedia

A música indígena exerceu influencia nas obras de compositores eruditos brasileiros como Heitor Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno, do paraibano José Siqueira e do baiano Lindenbergue Cardoso, dentre outros. Nas obras "Uirapuru" e "Floresta Amazônica", Heitor Villa-Lobos (1887-1959) retrata o ambiente da selva brasileira e seus habitantes naturais.